Retorno do horário de verão, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que elaborou o estudo apresentado ao CMSE, o horário de verão pode reduzir a demanda máxima por energia elétrica em até 2,9%.
A conta de luz vai cair?
O presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE) e ex-diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, afirma que os consumidores devem sentir uma redução nos custos com a medida.
Para Barata, o valor pode parecer irrisório frente à quantidade de dinheiro que circula no setor elétrico, mas qualquer economia é bem-vinda.
O coordenador de estudos de mercado da consultoria Thymos Energia, Pedro Moro, estima que a economia de R$ 400 milhões citada pelo ONS seja equivalente a algo entre 1% e 2% do custo da energia no Brasil no período de novembro a fevereiro.
Retorno do horário de verão
O custo da geração da energia é arcado pelos consumidores:
As usinas termelétricas acionadas pelo ONS dentro da chamada “ordem de mérito” (que leva em conta custo e disponibilidade) estão contratadas junto às distribuidoras e são remuneradas pela parcela referente ao valor da energia na conta de luz dos consumidores regulados (que compram da distribuidora local);
Já as usinas acionadas fora da “ordem de mérito” (fora da programação normal, com custos maiores) são remuneradas pelos Encargos de Serviço de Sistema (ESS) – pagos por todos os consumidores, regulados e livres (empresas que escolhem seus fornecedores de energia).
“O horário de verão alivia o efeito da rampa da carga [aumento da demanda] entre 18h e 19h, além de adiar o horário de ponta em até duas horas, permitindo que a compensação pela saída da MMGD [geração distribuída] e da geração solar possa ser feita de forma mais alongada”, disse o ONS em nota na quinta-feira (19).
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